Cenas de Autocarro I
Com o passar do tempo a andar de autocarro na capital, aconteceram muitas coisas que merecem ser guardadas na história para mais tarde recordar. Daí eu começar com o primeiro segmento deste blog – Cenas de Autocarro.
Vou apresentar várias cenas, tão verídicas como a sexualidade do Castelo Branco, que não acontecem repetidamente no nosso dia-a-dia. As personagens principais são os passageiros, cujo o nome é fictício (protecção de identidade) e a cena em questão é o autocarro nº50 que faz trajecto Est. Oriente - Algés/Algés - Est. Oriente.
Esta primeira cena é estranha...
Enquanto uma velhota, que lhe chamaremos Arlinda, sentada no lugar reservado a grávidas, inválidos e com crianças ao colo, sitio onde todas as pessoas se sentam e muitas das vezes não dão lugar a quem realmente lá devia estar, entra uma jovem grávida, Maria, com anel de casamento (não se faz muita coisa num autocarro), que passa por essa zona sem grande importância a procura de um lugar.
A Arlinda que até parecia simpática da o lugar a Maria. Mas esta recusa a oferta dizendo "não havia importância e que se calhar ela precisava mais do que ela". A velha ficou vermelha que nem um adepto do Benfica, pega na jovem e empurra-a para a cadeira e começa a gritar feita parva a dizer "Que para 60 e tais anos estava muito bem e que não precisava de nenhuma fedelha desconhecido, para a ajudar a viver" a velha parecia que tinha acabado de levar uma dose dupla de Red Bull concentrado na veia....coisa louca. Foram necessários dois homens para segurar na velha senão poderia acontecer algo de mal.
Mas isto não acaba aqui....não senhor!!
A estreia deste segmento tinha de ter algo especial!
Depois de sentarem a mulher noutro lugar, ela decidiu que aquilo não podia ficar por ali. Tinha que ter algo com mais sumo, para que os seus netos verdadeiramente acreditassem. Então ela meteu conversa com uma mulher, a dizer que no seu tempo as meninas eram mais bem comportadas e com respeito, e que se fosse mãe daquela cachopa, dava-lhe um par de estalos.
A jovem, não aguentava mais e então manda a mulher calar-se com um berro enorme e começa aos gritos com ela.
Eu, estava a começar a ficar farto daquilo tal como todas as pessoas...mas desta vez o condutor, vendo que a cena está a ficar fora do controlo manda a Arlinda embora a dizer que está a perturbar a paz, enquanto a outra jovem começa a chorar.
O que eu tenho que aturar.....
1 "Opinanços":
Por acaso nos autocarros muitas vezes +presenciam-se coisas muito interessantes!Eu tb ja presenciei bastantes.. algumas muito engraçadas!
Normalmente era sempre da parte de pessoas ja de uma certa idade, que apesar de dizerem q a juventude de hoje em dia e tudo uma cambada de mal educados, muitos deles e q nao tem educaçao e julgam-se donos e senhores da razao!La por terem uma certa idade, nao lhes da o direito de andarem prai a ofender as pessoas..
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